Cresce a irritação com ligações indesejadas: como se proteger de golpes e telemarketing
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Cresce a irritação com ligações indesejadas: como se proteger de golpes e telemarketing
As constantes ligações em telefones fixos e smartphones tornaram-se um dos incômodos mais citados pelos usuários. Enquanto grande parte da população passou a preferir mensagens por WhatsApp, Telegram ou outras plataformas por economia de dados e praticidade, golpistas e empresas insistem em usar a função tradicional de chamada para tentar contato. O resultado: chamadas repetidas de números desconhecidos que perturbam o dia a dia e aumentam o risco de fraudes.
O fenômeno se explica pela resistência de criminosos e operadores de telemarketing em abandonar um método que, apesar de menos usado, ainda gera vítimas. Muitos atendem por hábito ou curiosidade, principalmente pessoas de gerações mais antigas que ainda valorizam a chamada por voz. Para golpistas, qualquer atendimento é uma oportunidade; para empresas, uma tentativa de converter vendas. Assim, surge uma combinação perigosa de incômodo e risco real de golpe.
Especialistas em segurança recomendam cautela: chamadas de números desconhecidos devem ser ignoradas quando possível. Se a ligação for importante, a pessoa deixará recado por mensagem ou outro canal. Evite fornecer informações pessoais por telefone, como CPF, senhas, dados bancários ou códigos de verificação. Golpistas usam táticas de pressão, urgência ou narrativa convincente para arrancar dados ou autorizações que resultam em prejuízo financeiro.
Existem medidas práticas para reduzir o número de chamadas indesejadas. Primeiro, utilize os recursos do próprio smartphone: sistemas Android e iOS oferecem bloqueio de números e identificação de chamadas suspeitas. Operadoras também disponibilizam serviços de bloqueio e identificação de origem de chamadas — vale ativá-los. Aplicativos confiáveis de bloqueio de spam podem complementar a proteção, filtrando chamadas conhecidas por práticas fraudulentas.
Outra ação eficaz é registrar reclamações junto à operadora e aos órgãos reguladores. No Brasil, registrar ocorrências ajuda a mapear padrões e força medidas contra remetentes, além de abrir possibilidade de investigação. Denunciar golpes também contribui para impedir a atuação de rombos em escala. Empresas sérias costumam respeitar indicações de bloqueio; persista até ter seu número removido de listas de telemarketing, quando aplicável.
Além das ferramentas técnicas, a educação digital é essencial. Converse com familiares mais velhos sobre os riscos de atender números desconhecidos e sobre como identificar sinais de fraude. Lembre-se de que bancos e instituições jamais pedem senhas ou códigos por telefone, principalmente de forma inesperada. Caso haja suspeita de golpe, contate imediatamente a instituição financeira pelos canais oficiais para bloquear operações.
Por fim, a mudança cultural — migrar preferencialmente para comunicações por aplicativos com verificação de identidade — já reduz a eficiência de chamadas indesejadas. Contudo, enquanto o telefone tradicional ainda for utilizado, a combinação de atenção, bloqueios técnicos e denúncias é a melhor defesa. Ignorar números desconhecidos e usar as ferramentas disponíveis pode transformar uma rotina atormentada por ligações em um cotidiano mais seguro e silencioso.
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