Em uma noite chuvosa e sombria, Sarah se encontrava sozinha em um parque deserto, sentada em um banco de madeira envelhecida. Vestida com um elegante vestido de gala transparente, adornado com pérolas cintilantes, ela parecia uma visão etérea. Seu cabelo loiro estava preso em um penteado elaborado, com pequenos detalhes brilhantes que refletiam a luz dos postes de rua ao redor, criando uma aura mágica e misteriosa.
A chuva caía incessantemente, criando uma melodia suave ao se encontrar com o chão molhado. As poças d'água refletiam as luzes quentes dos postes, oferecendo uma beleza contrastante com o clima sombrio. Apesar da atmosfera romântica, havia algo inquietante no ar, uma sensação de que Sarah não estava sozinha.
A jovem olhou para o caminho molhado, seus olhos azuis refletindo a luz amarelada que iluminava a cena. Ao longe, uma figura emergiu das sombras, caminhando lentamente sob um guarda-chuva. O coração de Sarah acelerou; algo na presença daquela pessoa parecia fora do normal. Embora estivesse distante, a silhueta parecia seguir uma linha reta em direção a ela, como se estivesse atraída pela sua beleza.
Com cada passo da figura, o tempo parecia desacelerar. O som da chuva se tornava um pano de fundo indistinto, e cada gota que caía parecia ecoar na mente de Sarah. Ela tentou ignorar a constante sensação de observação que a acompanhava, mas a inquietação não a abandonava. O glamour do seu vestido e a elegância de sua aparência contrastavam com o medo que começava a surgir dentro dela.
De repente, a figura parecida com um espectro se aproximou o suficiente para que Sarah pudesse fazer algumas observações. Era um homem, provavelmente em seus trinta anos, com um olhar intenso e um sorriso enigmático. Seus olhos, quando se encontraram com os de Sarah, pareceram atravessar sua alma.
"Oi, posso me juntar a você?" perguntou ele, a voz suave, mas com um subtom de mistério.
Sarah hesitou. A resposta que lhe veio à mente era um claro "não", mas a curiosidade era mais poderosa que o medo. “Claro,” respondeu ela, com um sorriso nervoso. O estranho sentou-se ao seu lado, e a tensão no ar aumentou. Ela podia sentir que havia muito mais naquele homem do que aparentava.
“Você vem aqui frequentemente?” ele perguntou, apreciando a chuva que criava uma cortina de privacidade ao redor deles. A maneira como ele falava parecia um convite à intimidade, mas o contexto a deixava insegura.
“Às vezes,” ela respondeu, tentando manter a voz firme, mas sua mente já estava repleta de perguntas. Como ele conhecia aquele lugar? Havia algo em sua presença que parecia conhecer a cidade de um jeito que ninguém mais sabia.
Enquanto conversavam, a chuva tornou-se mais intensa, e a atmosfera ao redor deles continuava a se espessar. O homem olhou para Sarah com um olhar penetrante e, de repente, seu semblante mudou. As luzes dos postes pareciam piscar, e, por um breve momento, o mundo ao redor pareceu desacelerar.
“Você sabia que alguns segredos são melhores guardados sob a chuva?” ele sussurrou, sua voz agora mais grave e enigmática.
Nesse instante, Sarah percebeu que o que poderia ter sido uma noite de romance se transformou rapidamente em um jogo de suspense. O que ele sabia? E como aquela noite chuvosa realmente iria terminar? O caminho que se estendia à sua frente parecia mais perigoso do que nunca. A beleza da cena agora se tornava uma armadilha, enquanto ela ponderava sobre a verdadeira natureza daquele misterioso estranho.
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